sexta-feira, 3 de abril de 2009

Dia da mulher


Dia 08 de março comemorou-se o Dia Internacional da Mulher. Mas, o texto abaixo, fruto da disciplina de RedaçãoV do dia 3 de março, é uma reflexão. A data já passou, e comemorar o que? Nossa luta é diária!

Domingo, dia 8, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Lembrar a data é remeter ao ano de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque desencadearam uma greve por melhores condições de trabalho e, como represália, foram trancadas dentro da fábrica e queimadas. O saldo da tragédia foi à morte de aproximadamente 150 mulheres carbonizadas. Em 1975, foi oficializada a data, através de um decreto da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os movimentos feministas surgiram no último século, principalmente na Europa e Estados Unidos. Simone de Beauvoir, francesa, ícone dos movimentos em defesa da mulher da época, publicou em 1949 o livro “O Segundo Sexo” que contesta à opressão e as condições sociais que tornam as mulheres submissas aos homens. Já americana Betty Fridman, em 1963, retoma as ideias da escritora francesa no livro “A Mística Feminina”. Denuncia o continuísmo da repressão das trabalhadoras em indústrias. Usa o termo “mal que não tem nome”, para conceituar a angústia da mulher, que sofre pelo fato de ser mulher.

Atualmente, intelectuais feministas contestam alguns conceitos dos movimentos surgidos nas décadas passadas. A americana Camille Paglia, estudiosa dos movimentos “pós-feminino”, em seu livro “Personas Sexuais”, publicado em 1990, diz que os movimentos perderam a sintonia com o desejo da maioria das mulheres, que é a oportunidade de crescer profissionalmente, obter independência econômica e não perder a pureza da maternidade ou até ser dona de casa.

Mas, mesmo com tantas mudanças e controvérsias, o Dia Internacional da Mulher vai além de uma simples comemoração. O que se busca é uma sociedade igualitária. Mesmo com a globalização e os avanços tecnológicos, as mulheres ainda sofrem com a discriminação profissional , violência doméstica e jornada excessiva de trabalho.

Texto: Marilene Machado Carvalho
Foto:
http://sabadodefaxina.blogspot.com/



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